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Ronnie Lessa revela quem o contratou para matar Marielle Franco, em delação premiada

Colaboração de Ronnie Lessa é validada pelo STF

O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, surpreendeu as autoridades ao revelar os mandantes e detalhes dos assassinatos em uma delação premiada. A delação de Lessa foi validada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcando um ponto crucial na investigação que perdurava desde o crime.

Resistência inicial e mudança de posicionamento

Inicialmente, Ronnie Lessa resistiu à ideia de colaborar com as investigações. No entanto, após ser implicado por Élcio de Queiroz como o atirador no caso, Lessa mudou de ideia e decidiu cooperar. Essa reviravolta marcou um momento significativo no desdobramento do caso, levando a um desenrolar necessário.

Revelações cruciais em depoimento

Em seu primeiro depoimento, que durou cerca de duas horas, Ronnie Lessa forneceu informações importantes, incluindo a identificação de quem o contratou para cometer o crime. Ele detalhou reuniões prévias e subsequentes ao crime com os contratantes, oferecendo uma visão interna dos preparativos e execução dos assassinatos. As revelações de Ronnie Lessa lançaram luz sobre os bastidores sombrios por trás do crime que aconteceu no Rio de Janeiro e que abalou o país.

Implicações políticas e próximos passos

Ronnie Lessa apontou que os mandantes fazem parte de um influente grupo político no Rio de Janeiro, com interesses em várias áreas. Ele relatou reuniões com esses indivíduos, fornecendo evidências e motivações para o crime. Agora, a investigação se concentra em confirmar as informações fornecidas por Ronnie Lessa e atribuir as responsabilidades legais pelos assassinatos, com especial atenção à possível implicação de um parlamentar do Congresso Nacional.

Confirmação durante videoconferência e contexto da delação

Durante uma videoconferência realizada do presídio federal em Campo Grande, Ronnie Lessa reafirmou as declarações dadas durante as investigações policiais do ano anterior, atendendo a uma das etapas para a homologação de sua delação. Ronnie Lessa, que foi expulso da polícia militar do Rio de Janeiro e está preso desde 2019, decidiu colaborar após ser informado de que Élcio de Queiroz, outro acusado, estava cooperando com as autoridades. Essa decisão de Ronnie Lessa de compartilhar o que sabia marcou um ponto de virada na investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A delação premiada de Ronnie Lessa representa um avanço na busca por justiça para Marielle Franco, Anderson Gomes e suas famílias, bem como na luta contra a impunidade em casos de crimes de grande repercussão. O desdobramento do caso continua a chamar a atenção do público e das autoridades, destacando a importância da colaboração e da determinação na busca pela justiça.

Vitor Pavanelli

Jornalista e entusiasta de cultura pop, cinema e política. contatovitorpavanelli@outlook.com.

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