Vídeo: Saiba o que acontece na Ilha de Marajó
A Ilha de Marajó se tornou um dos assuntos mais comentados na última semana nas redes sociais
Na última sexta-feira (16), a cantora gospel Aymeê viralizou com sua música “Evangelho de Fariseus”. A canção citou as explorações de crianças que acontecem na Ilha do Marajó, no Pará, trazendo uma nova visibilidade para o assunto.
Um Histórico de Acusações e Negligências
Entretanto, por mais que tenha ressurgido, o assunto não é novo. Em 2006, acusações de pedofilia e exploração sexual infantil foram alvo de um inquérito iniciado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
O Envolvimento de Autoridades Locais
Documentos da época relatavam que os casos de exploração infantil na Ilha do Marajó tinham envolvimento de políticos locais. Os aliciadores levariam meninas para se prostituir em Belém e, depois, as levavam para a Guiana Francesa.
A Polêmica Declaração de Damares Alves
Anos depois, em 8 de outubro de 2022, a então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre o assunto em um culto evangélico. Ela relatou – sem apresentar nenhuma evidência – que crianças na região tinham dentes arrancados para facilitar o sexo oral.
Cobranças e Consequências Legais
As autoridades do Pará, como o Ministério Público, pediram para que a ministra apresentasse provas do que estava falando, mas elas nunca foram entregues. O MP acabou por ajuizar uma ação civil pública contra Damares após o pedido de 19 procuradores da República.
As Demandas de Indenização e o Contexto Político
Segundo a ação, a senadora e a União deveriam indenizar a população do Arquipélago de Marajó (PA) em R$5 milhões por divulgar notícias falsas sobre o local. Segundo o MPF, Damares queria usar a narrativa para ajudar o ex-presidente Jair Bolsonaro a se reeleger.