Secretaria de Educação emite ofício registrando ausências durante paralisação
A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA) emitiu um ofício na última quarta-feira (16) informando que as ausências dos professores da rede estadual de ensino serão registradas durante os dias de paralisação. A medida ocorre em meio às alegações da categoria de pressão por parte do governo, que, segundo os professores, não contempla o pagamento dos juros e mora dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério (Fundef).
Pressão sobre professores e convocação da secretária de Educação
Em um vídeo divulgado, a secretária da pasta, Adélia Pinheiro, fez um chamado para que os professores retornem às salas de aula, enfatizando que não é justificável a interrupção das aulas com base no pagamento dos precatórios do Fundef. A atitude é vista por alguns profissionais como uma forma de pressão para que eles voltem ao trabalho.
Posicionamento de sindicalistas e professores
O professor e sindicalista Marco Aurélio Farias, de Santa Maria da Vitória, oeste da Bahia, interpretou o ofício como uma tentativa de coagir os profissionais que decretaram a paralisação até a votação do Projeto de Lei dos Precatórios, agendada para a próxima terça-feira ( 22). Ele destacou que a paralisação foi organizada pela entidade sindical, que é o representante legítimo dos profissionais da educação.
Manutenção do funcionamento e registo de ausências
O ofício emitido pela SEC-BA instrui as unidades escolares a manterem o funcionamento e os horários de aula previstos, apesar da paralisação. A secretaria também determina que as ausências dos professores e funcionários sejam registradas diariamente e sejam registradas às autoridades competentes.
Tensões na Educação da Bahia
As ações e reações em relação à paralisação dos professores refletem a tensão entre a categoria e o governo em relação ao pagamento dos precatórios do Fundef. Enquanto a secretária de Educação convoca o retorno dos profissionais às salas de aula, os sindicatos reforçam o direito de manifestação e greve dos trabalhadores da educação, tornando evidente o impasse que envolve a questão.