Justiça revoga prisão de Gusttavo Lima e suspende apreensão de passaporte
Nesta terça-feira (24), o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), revogou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, que havia sido decretada no âmbito da Operação Integration. Além disso, a decisão suspendeu a apreensão do passaporte, do certificado de registro de arma de fogo e de qualquer eventual porte de arma do artista. A liminar atende ao pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados de defesa Delmiro Dantas Campos Neto, Matteus Macedo e Cláudio Bessas, que atuaram logo após a decretação da prisão.
Pedido de habeas corpus e decisão judicial
O pedido de habeas corpus foi protocolado na noite de segunda-feira (22), mas o presidente do TJ-PE, desembargador Ricardo Paes Barreto, não aceitou o pedido de urgência, encaminhando o caso para o relator, Eduardo Guilliod Maranhão. Após análise, o relator decidiu pela revogação da prisão, restabelecendo a liberdade de Gusttavo Lima. Além disso, foi concedida a suspensão de outras medidas restritivas, como a apreensão do passaporte.
Deolane Bezerra também é liberada
Na mesma decisão, o desembargador concedeu liberdade à influenciadora Deolane Bezerra, que havia sido presa no mesmo contexto das investigações da Operação Integration. A decisão foi executada ainda na tarde desta terça-feira, quando Deolane deixou a prisão.
Relembre o caso: prisão de Gusttavo Lima e as acusações
A prisão preventiva de Gusttavo Lima havia sido determinada pela juíza Andréa Calado da Cruz na segunda-feira (23), em meio às investigações da Operação Integration, que apura crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Entre as acusações, o cantor teria ocultado R$ 9,7 milhões recebidos em depósitos de empresas ligadas a jogos ilícitos, como a HSF Entretenimento Promoção de Eventos.
A investigação também aponta que Gusttavo Lima teria adquirido 25% de participação na empresa “Vai de Bet”, suspeita de operar jogos ilegais e que recentemente encerrou seu contrato de patrocínio com o Corinthians. Além disso, o cantor foi acusado de abrigar foragidos, alvos da operação, que corre em segredo de Justiça.
Suposta fuga para Miami
Antes da emissão do mandado de prisão, o cantor deixou o Brasil e viajou para Miami, nos Estados Unidos. O nome de Gusttavo Lima chegou a ser inserido no sistema de alerta da Polícia Federal nos aeroportos brasileiros, embora a prisão tenha sido revogada antes de seu retorno ao país.
A decisão marca um importante desdobramento no caso, mas as investigações da Operação Integration continuam, com outras figuras envolvidas no escândalo de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.